28 de fevereiro de 2010

Revolutionary Road



A Kate Winslet é talvez a minha atriz favorita do momento. Por 3 motivos: 1. Ela fez Brilho Eterno de uma mente sem lembranças; 2. Ela fez Foi apenas um sonho (Revlutionary Road); 3. Ela é casada com o diretor Sam Mendes, de Beleza Americana, meu filme favorito de todos os tempos.
Mas atentemos ao motivo 2, Revolutionary Road. Eu acabei de ler o livro, depois de ter assistido o filme, o que me fez imaginar a April como a Kate e o Frank Wheeler como o Leonardo di Caprio durante toda a leitura. Mas o que eu queria dizer é que o livro me surpreendeu.
No começo eu achei meio parado e difícil de ler, mas sempre belo. Eu entendia uns 90% do que estava escrito, em inglês, do livro de inglês mais difícil que já li. E no começo eu lia à noite antes de dormir, e ao chegar na 2a página eu capotava. Mas aos poucos e com a proximidade das férias, fui lendo mais e com mais facilidade e a história me envolveu.
A psicologia é o que destaca o livro. O autor desenvolve cada um dos personagens com muita profundidade, e sabe-se como é e como pensa cada um deles. Os detalhes de comportamento e sentimentos são descrito sem economia de palavras, e tem o poder de nos transportar para dentro da história. E oha que eu não tenho facilidade em entrar nas histórias.
Os dramas muitas vezes me lembraram remotamente da minha própria vida. Dessa fixação adolescente de achar que se é mais especial que a maioria, e de achar que o futuro magicamente se transformará e te teansportará para um mundo mais interessante com pessoas mais interessantes. E que você não será atingido pela massa da sociedade, por aquele pensamento pequeno de classe média. Esse é o conflito central, de um casal em um subúrbio qualquer dos EUA e que no fundo não consegue se resolver. Ou pelo menos a April não consegue.

* Leonardo di Caprio e Kate Winslet são um casal pela 2a vez, depois de Titanic. Mas dessa vez eles não são um casal meloso, aliás, são exatamente o contrário. E estão mais bonitos no filme novo.

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25 de fevereiro de 2010

Londres - The Castle Pub

Na nossa primeira tarde londrina fomos à procura de um restaurante indicado no guia de turismo. Descemos na estação Farringdon do metrô, e nos perdemos em meio à chuva. Quando enfim localizamos o restaurante, descobrimos que ele estava fechado. E a fome apertando.
Decidimos então voltar para perto da estação e entrar no pub The Castle (34 Cowcross Street), que num letreiro a frente da porta dizia ter fish and chips por um preço bem razoável.



Fiquei muito feliz de ter entrado neste pub, que foi o pub mais bonito, agradável e simpático de toda a viagem.
Eram 5 horas da tarde e o lugar ainda estava vazio. Alguns casais e amigos tomavam pints e conversavam discretamente. Nenhum jogo na TV, nenhum inglês exaltado, ambiente tranquilo e familiar. O pub tinha uma decoração contemporânea e desenhos de um mesmo artista nas paredes. Pedimos um prato de fish & chips e outro de meat pie e algumas cervejas. Nos pubs você tem que ir ao caixa e pedir o que você quiser, não há um garçom para anotar o pedido à mesa, e no final não há acréscimo de 12.5 % na conta. Isso me fez gostar ainda mais da ideia de pub. A comida chegou rápido. O fish & chips veio acompanhado também de purê de ervilhas. Estava muito bom. A meat pie do Fábio veio acompanhada de purê de batatas e umas raízes refogadas (turnips, beatroots, carrots), e estava muito bom também.






Aos poucos, vimos o movimento nas ruas aumentar, pessoas saindo dos seus escritórios e indo para casa. Muitos também entravam no pub para um happy hour.
A área onde fica o pub é cheia de escritórios de arquitetura e design, localizado em prédios nada business. Escritórios pequenos que dão direto para a rua. Dá para ver tudo o que acontece em cada pequeno escritório, através das janelas sem persianas (já que não faz muito sol). Esqueci de tirar foto deste detalhe, mas achei muito interessante a idéia de janelas tão perto da rua, do movimento, e das pessoas. Acredito que essa visão deve trazer mais inspiração ao trabalho dentro desses escritórios.
Terminamos de comer e tomar as pints, e a essa hora já tinha gente em pé, esperando vagar mesas.

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13 de fevereiro de 2010

Num otimismo impressionante

Há exatos um ano e um mês eu comecei a trabalhar no meu primeiro emprego depois de formada. E hoje eu entrei de férias. Minhas primeiras férias. Momento especial.
E nesses 30 dias de liberdade total eu vou fazer o que eu mais gosto: viajar.
Minha alma é de viajante, não tem jeito. Eu sinto que há momentos na vida em que eu preciso sair do meu mundinho próprio e preciso olhar para a minha própria vida de longe. Assim, posso me perguntar: Estou fazendo o melhor que posso? É isso o que eu realmente quero? O que é preciso mudar? Essas respostas precisam ser respondidas. E a única maneira que eu conheço para isso é viajando para o mais longe possível.(i.e. Japão 2002)
Uma amiga minha foi fazer intercâmbio em Portugal em setembro de 2009. Desde então planejava fazer um mochilão pela Europa. Me chamou para ir junto, e eu achei loucura demais. Então combinamos de nos encontrar em uma das cidades, apenas. Escolhemos Londres. Depois, iremos com ela a Portugal, e depois voltamos, ele e eu, ao Brasil.
Depois, irei sozinha ao Missouri, EUA. Depois de 10 anos do intercâmbio, finalmente vou visitar a minha família. Algo que gostaria de ter feito há anos. Algo assim, inadiável.
É isso. Vou viajar para sentir a vida pulsando. O espírito já anda agitado, num otimismo impressionante. Espero voltar de cada um dos lugares fascinada, cheia de idéias e com o espírito rejuvenescido. Se der, eu posto de lá!

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