4 de dezembro de 2007

O que eu estou lendo



Então eu estava andando pela minha faculdade, com fome e sem rumo quando me vi na frente de uma barraca de livros usados. O livro que estava ali, bem na minha frente, era Clube dos Corações Solitários, de André Takeda. Sempre ouvi falar, sempre quis ler. Levantei a capa do livro, estava escrito 10,00. Abri a carteira para consultar o saldo. Dez reais era tudo que eu tinha. Não pensei duas vezes, e chamei a mocinha, avisando que ia levar o livro.
Clube dos Corações Solitários é um livro sobre a geração da década de 90, e é a história de um grupo de amigos que se encaixam no perfil de jovens que viveram nesta década. Jovens que não querem crescer, que curtem rock, café, cigarros e álcool, e que tem como característica principal se sentirem perdidos, sempre. Na orelha do livro:
"A melancolia, a 'infelicidade cultivada' da música pop (segundo Hornby), um aborto, um adiantamento da questão profissional através de um 'MacEmprego' (termo de Copland), montar uma banda, mergulhar em café, simplesmente querer sumir de desespero e amargura (desde Salinger). (...) O descompasso aparente entre a irrelevância dos acontecimentos e a intensidade dilacerada dos sentimentos é a própria essência dessa percepção. (...)"
Talvez o livro me tocasse mais há alguns anos atrás. Não que não tenha me tocado nem um pouco, mas sinto que já passei um pouco do tempo de lê-lo. O que é bom. O que significa que eu resolvi crescer, um pouco, ao menos. Enquanto algumas pessoas da minha idade ...
Mas enfim, o livro é uma delícia de ler. O cara escreve bem. E o livro é uma representação fiel da nossa geração.

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4 Comments:

At 10:14 AM, Blogger euvoltologo said...

também tenho vontade de ler andré takeda...
aliás, comentando sobre os seus livros que estão comigo... hell é uma bostaaaa. haha.
beijo
vamos combinar a cerveja pra essa semana?

 
At 11:06 AM, Blogger Fernanda Tsuji said...

é...eu já acho que cresci demais...

Engraçado, que quando eu estou na sua casa, eu sinto que ainda somos as mesmas adolescentes greendayanas. E eu me sinto inocentemente bem. E dentre todas as minhas amigas, isso só acontece quando estou com você.
E eu não me sinto mal em agarrar esse resto de passado. Pelo contrário, dá um alívio de saber que posso ser uma velha caquética, mas que meus all stars de cano longo ainda moram em algum lugar não tão distante.

 
At 12:24 PM, Blogger Paula Oliveira said...

O livro parece bem interessante! Valeu a pena ter ficado com fome e ter zerado o saldo da carteira...hehehe

Nunca tinha ouvido falar sobre este livro, mas parece ser muito bom. Vou ver se encontro em algum sebo ou então terei a cara de pau de te pedir emprestado depois q vc terminar de ler... =P

Bjos!

 
At 6:03 PM, Blogger Paulo Henrique Galves da Silva said...

Eu acho que já te disse isso naquela nossa antiga viagem: você precisa ler Henry Miller, vai por mim. (Anaïs Nin também é legal, mas nem tanto)

 

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