10 de janeiro de 2012

Parte 1 - Uruguai


Foi em um Globo Repórter que eu ouvi falar sobre o Uruguai. Um país de emigrantes, pois grande parte de população de faixa etária ativa preferiu deixar o país em busca de oportunidades, principalmente na Europa, mas também na Argentina e no Brasil. Eu estava no colegial. Isso me marcou, pois na adolescência um dos meus sonhos era sair do país, e um país inteiro desejava a mesma coisa que eu. Me identifiquei desde então.

Depois disso, um amigo me contou sobre o Uruguai, suas cervejas, o centro histórico com cara de Europa, os cidadãos uruguaios e sua cordialidade.

Em 2009, houve o Encontro de Geógrafos da América Latina, em Montevideo. Tinha vontade de ir, muitos amigos estavam indo, mas como estava trabalhando a menos de um ano, não pude tirar férias... Fiquei na vontade.

Depois disso, veio o curso de espanhol, que fiz no Hispania, uma escola de idioma espanhol voltada para o ensino da língua e da cultura latino-americana. Nada de falar da Espanha, tudo era focado nos países da América Latina. Ali, aprendi mais sobre o Uruguai. Um país humano, um país de velhos, graças a emigração em massa ocorrida desde 1975, taxas de alfabetização chegando a 100%, acesso ao ensino superior gratuito para todos, baixos índices de violência, um país onde os idosos podem andar na rua sem medo, etc. Um país ideal, diríamos, apesar de ser um país em crise. A vontade de ir para o Uruguai ia aumentando. Mas depois, a vida foi passando e me esqueci um pouco disso tudo.

2012 - Acabei de voltar de uma estadia de 5 dias passando por: Montevideo, Piriápolis, Punta del Este, La Paloma e Cabo Polonio.
A parte litorânea foi feita de carro e a cidade foi visitada a pé, de ônibus e taxi.
O país me surpreendeu, apesar de não ser nada diferente das coisas que eu ouvi falar.

Sobre as pessoas - Os uruguaios são muito mais muito educados, com todos os que conversei eu fui bem tratada, todos parecem querer te ajudar, indicar um caminho, tirar uma foto, avisar por onde não passar, etc. São simpáticos sem ser falsos, são sinceros sem ser grossos. Querem de ajudar, sem nada em troca. E, sobretudo, não querem tirar vantagem.

Ali em Montevideo, o pânico ainda não se instaurou. As pessoas conversam na porta de casa às 23 horas da noite, sem medo de assalto. Os casais, sobretudo de aposentados, se sentam em cadeiras de praia em variados locais públicos, a rambla, o parque, a praça, etc. Tomam um mate e sentem o sol e o vento, e veem a tarde passar.

A passagem pelo Uruguai foi rápida, mas importante. Importante para dar uma renovada na esperança. Esperança na humanidade. Me fez pensar que a humanidade ainda tem jeito. Sentimento que estava morrendo em mim aos poucos.

A parte 2 vem em seguida, falando com detalhes dos lugares que passamos.

3 Comments:

At 11:19 AM, Anonymous Anônimo said...

Bravo! Depois desse post deu mais vontade de conhecer esse lugar! ;)

 
At 11:44 AM, Blogger Cabelo said...

Que legal Larissa! Já tive a oportunidade de ir 2 vezes para o Uruguai na época da Unesp (uma vez, inclusive nesse EGAL que você citou!).
De fato, um país muito interessante. Adorei muito o seu relato. Me fez viajar por saudosas lembranças.
Pretendo retornar em breve! =)

 
At 4:57 PM, Anonymous Katia Baba said...

Que bárbaro querida!!!Realmente uma bela narrativa ! Vc é demais, me deu vontade de conhecer estes lugares tbem!!!Se eu fosse jovem..ninguem me seguraria....Bjus te amo minha afil
hadinha!!!!!

 

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