21 de agosto de 2008

Cotidiano

Agora a pouco eu tava jantando e vendo Globo News. A reportagem era sobre os resultados da Lei Seca, e um dos bons reflexos é como ela está ajudando até a prefeitura, que agora gasta menos com a substituição de postes destruídos por acidentes de carro e tal. Aí ouvi duas batidas, bam!!! crash!!! Olhei pela janela, mas não vi nenhum acidente. Só reparei que os carros estavam diminuindo a velocidade ao passar na frente do meu prédio. Pensei, poutz, queria morar no apartamento 92 agora para ver o acidente. Minha mãe me convenceu a descer, para levar a chave da portaria lá para baixo.

Chegando lá, metade do prédio e mais metade do público do bar da frente se amontoavam na fachada do prédio. E um carro monza preto abraçava o famigerado poste da frente do prédio. Um Peugeot pressionava a sua traseira. Segundo meus vizinhos, o monza estava estacionado, parado e sem ninguém dentro, aí o Peugeot veio numa velocidade incrível e descontrolou na curva, pegando o pobre monza preto. O monza se entortou todo. Nem porta abria. Ninguém se machucou, ainda bem. E o motorista culpado não aparentava estar bêbado. Detalhe, o dono do monza havia acabado de vender a tralha HOJE. E mora no prédio-sem-garagem-em-cima-da-padaria, ao lado, portanto ali na rua era sua garagem. Pois hoje devia ter gastado um pouco mais com estacionamento... Nem preciso dizer quando o dono do monza estava puto, né?

E são em acidentes assim que eu encontro meus vizinhos, e tiro o atraso. Mantenho-me longe do velho aposentado e fofoqueiro, que abomino, e que a essas alturas estava no meio dos policiais, falando, gesticulando e inventando detalhes. Mantive-me longe, conversando com outros vizinhos, numa animação de Olimpíadas. Só assim para encontrá-los todos em plenas 11 da noite. Só assim para lotar o elevador com capacidade para 6 pessoas. Triste, não?