Impressões do Rio
O Rio de Janeiro é aquele mesmo das novelas da Globo e do seriado Confissões de Adolescente, mas é também uma cidade muito, MUITO fragmentada. Chegar na cidade de ônibus pela Avenida Brasil não é muito agradável. Logo de cara se avista muita miséria. Passei na borda da comunidade Ramos, apinhada de gente e casinha de alvenaria geminada. Meio assustador. Nos muros eu lia mensagens de evangélicos, sempre com a mesma letra, junto a anúncioS de "Compro carro, batido ou inteiro", e pichações diferentes das de SP, que me lembravam pequenas assinaturas concisas. Eu diria que a periferia do Rio é mais feia que a de SP. Ou apenas diferente. O centro é bem deteriorado, me lembra uma cidade abandonada. O Rio só vira a “cidade maravilhosa” logo após a saída do túnel Santa Bárbara. Ali começa Botafogo, que tem uma vista incrível para uma marina e para o Pão de Açúcar. Ali eu pirei na paisagem. O melhor cartão-postal, sem dúvida.
Botafogo é um bairro lindo. E foi lá que eu me hospedei, num albergue super tranquilo que fica no fundo de uma vila linda, e muito aconchegante. Se morasse no Rio, queria morar lá.
Andei por todo o calçadão de Copacabana e pelo de Ipanema também. Não vi atores globais. O máximo que vi foi a Cris Nickas, gravando para a GNT num evento da Claro no Forte de Copacabana. Gostaria de ter chegado em Ipanema um pouco mais cedo do que no pôr-do-sol, pois a praia lá parece mais bonita que a de Copa.
E estranho seria se eu fosse ao Rio sem uma trilha sonora na cabeça. Essa cidade já serviu de inspiração para tantas músicas, sejam boas ou ruins. E a primeira música que me meio à cabeça ali foi a do Nando Reis, All Star: “o bairro das Laranjeiras satisfeito sorri quando chego ali...”. Mas nem conheci o bairro das Laranjeiras no fim das contas. Nem conheci o Humaitá, que me lembra tanto o Marcelo Adnet da MTV.Ao passar por Ipanema, lembrei imediatamente da música Carta ao Tom, de Vinícius e Toquinho: “Rua Nascimento Silva, 107, você ensinando pra Elizete as canções da canção do amor demais...” Fui atrás do tal endereço, ver se ainda dava para enxergar um cantinho do céu e o Redentor. Mas não dá. No predinho de poucos apartamentos havia uma placa dizendo que ali foi residência de Tom Jobim, e aí entendi tudo.
O vôo de paraglider a partir da Pedra da Gávea fica para outra viagem. As baladas, igualmente.
Porque fui lá para fazer prova, o que consegui, a muito custo. Um rolo que fica para outro post.
1 Comments:
" Logo de cara se avista muita miséria. Passei na borda da comunidade Ramos, apinhada de gente e casinha de alvenaria geminada. Meio assustador."
Brincou, né? Não ver a miséria não significa que ela deixará de existir. E o que são seus olhos que não conseguem ver com esta realidade? Sinceramente, um ponto de vista muito arisco o seu. Desculpe, mas vc se refere a aquelas pessoas como rejeito da sociedade.
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