6 de julho de 2006

Pelo menos nesta noite...

Eu estou mergulhada em um meio de pensamentos e palavras como

“aliviada”
“livre”
“como é bom não ter compromissos”
“leve torpor”
“acabou”
“tempo, amo”
“relaxar”

Até parece que já me esqueci qual é a sensação de ser livre. Que cá pra nós eu não sentia isso tão intensamente desde 2003, ao largar uma faculdade que prendia todas as minhas forças, e ao visitar um país que superou minhas parcas expectativas, me oferecendo uma das melhores experiências da vida. Porque eu sou uma garota muito esquisita, que todas as vezes que pôs o pé pra fora do seu país, ficou longe por um bom tempo, e se sentiu uma pessoa diferente, mais forte. Eu amo ser estrangeira pisar em terra desconhecida e achar graça de seus detalhes únicos. (Chico Buarque e Amyr Klink já escreveram sobre isso bem melhor). Coloque-me num avião, dê-me um tíquete para bem longe e eu serei feliz. Sempre. Sabe, uma das certezas da vida. E também uma de suas maravilhas.
Voltando ao ponto, nestas férias não vou viajar, nada disso aí em cima vai acontecer, infelizmente, e me contento em conhecer a Alemanha pelas fotos divertidíssimas da Soninha, pelo bendito computador. Vou viver um outro tipo de liberdade, aquela que está contida na própria rotina, ou no detalhe de uma pequena alteração desta. E está dando certo já. Desde que terminei a última resenha, estou totalmente histérica, hiperativa e feliz.
Não às viagens até a Cidade Universitária.
Não aos detestáveis ônibus paulistanos.
Não aos deveres de casa.
Campanha para os cérebros livres de pressão começa aqui!