É estranho estar de volta
Então lá fui eu para um trabalho de campo de 9 dias para o sertão mineiro.Com preguiça e dó de deixar minha casa, minha cama, meu computador e meus filmes recém downloadeados. Medo de me sentir muito só no sertão, e receio de deixar o conforto para entrar em um ônibus que me levaria a um mundo coletivo, grupal, comunitário, inclusive para dividir banheiros, quartos, etc e tal. Diferente de todos os outros trabalhos de campo que participei, dessa vez não conhecia BEM ninguém da turma. Turma híbrida composta por pessoas que nunca tinha visto antes, e que descobri serem das turmas de 2002, 2003, além de uma psicóloga e uns transferidos como eu. O pior que podia acontecer é ficar 9 dias sem conversar direito, perdida entre panelinhas.
Descobri que, quando eu preciso, sou simpática e amigável. E que quando você precisa, algumas pessoas são simpáticas e amigáveis com você. E assim eu fiz alguns amigos, quase não fiquei perdida, quase não me senti só. Me diverti, bebi, dancei quadrilha e tudo quanto é tipo de música tosca (menos funk que eu travo) no meio da rua em Andrequicé-MG, que foi o ponto máximo de união das panelinhas, já que estavam todos bebendo e dançando música brega. Acho que consegui conversar um pouco com cada um, menos com as pessoas que realmente não se abrem de jeito nenhum. Mas o que sei é que no fim foram amizades só para essa viagem, e que com o fim dela, também acabam-se as amizades, vapt-vupt. Na rodoviária, um tchau e um “a gente se vê”, mas que eu sei que não, cada um já no fim dos seus TGIs. Mas de qualquer forma, valeu a pena conhecê-los.
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