4 de julho de 2007

Arrrgh

Gente, a greve na USP já acabou, mas mesmo assim eu quero dividir com vocês uma parte da pequena reportagem da Veja São Paulo, de meses atrás, que encontrei dias desses na internet:

Em vez de plástica, rugas de preocupação

Quando se tornou reitora da USP, em 2005, a professora-doutora Suely Vilela calculava que, dali a cerca de um ano e meio, poderia tirar folga para submeter-se a uma plástica nas bochechas e nas pálpebras. Pois foi exatamente o tempo que levou para a farmacêutica enfrentar a maior crise de sua gestão, que já começou com protestos de alunos no dia da posse. Aos 53 anos, mineira de Ilicínea, Suely é divorciada e tem um filho. Vaidosa, gosta de acordar cedo para fazer escova. Quando tem tempo – o que não é o caso nas atuais circunstâncias – faz musculação e esteira. Costuma vestir terninhos de estilo clássico. "Gosto de tudo combinando", disse a Veja São Paulo, numa entrevista concedida logo depois de obter 154 dos 269 votos na eleição para a reitoria, em 2005. Desde o início da rebelião na USP, ela tem evitado a imprensa.

Há quem a considere despreparada e defenda a idéia de que teria sido aprovada por Geraldo Alckmin por, como o então governador, vir do interior (boa parte de sua carreira foi em Ribeirão Preto). Verdade ou injustiça, o fato de a reitora ter declarado gostos culturais pouco comuns entre docentes – ela é fã das canções românticas de Roberto Carlos e de filmes melosos como Uma Linda Mulher – só aumentou as críticas. Na entrevista a Veja São Paulo em 2005, a professora se declarou "pisciana, coração mole". Isso talvez explique por que, nos primeiros vinte dias da rebelião dos alunos, ela tem se portado como mãe de criança peralta: ameaça, ameaça, mas não pune ninguém.


Não é sátira, é reportagem da Veja mesmo. Isto é, da Vejinha, a querida revistinha de variedades dos paulistanos que lêem Veja.

O próximo entrevistado da reportagem é Pinotti, o nomeado secretário do Ensino Superior. O texto é bem mais sem-graça do que este acima, mas vale reproduzir o final, em que ele fala de uma meta da Secretaria de Ensino Superior:

A secretaria estuda também criar uma quarta universidade, a Virtual Paulista (Univip), com aulas ministradas pela internet e pela televisão, em conjunto com a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura. "É óbvio que não dá para ensinar medicina de longe", afirma Pinotti, que é médico ginecologista. "Mas cursos mais teóricos podem funcionar muito bem nesse formato."

É, então medicina não pode ser à distância, mas cursos teóricos sim. Tipo, toda a Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas. A FEA se inclui?

1 Comments:

At 2:25 AM, Blogger euvoltologo said...

a fea ainda é aquela palhaçadinha?

eu cogitei voltar pra fau pra fazer umas matérias, sabia? ha ha ha.

 

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