15 de julho de 2007

Domenica

O domingo está sendo particularmente animado ao redor do mundo. Vejo na tevê a final da Copa América, o Pan no Rio, o Brasil vencendo na Liga Mundial na Polônia, tanta festa lá fora, mas nada muda o meu domingo de sempre, minha preguiça de pensar, de andar, de sair de casa. Me incomoda o fato de que por alguma razão o (meu) domingo é sempre assim. Afinal, é um dia como outro qualquer, e apenas por se denominar “domingo”, a psicologia social crê que deve ser um dia chato, o cérebro entende que devemos ficar com cara de bunda sentados no sofá, comendo o dia todo e vendo programas ruins. O tal livro citado anteriormente diz que o domingo é um dia em que não se trabalha, e por isso se sente uma angústia por não se estar produzindo. Sim, faz sentido, mas isso não quer dizer que não podemos produzir outra coisa além do trabalho diário, certo? Mas e como fazer o meu cérebro pensar assim?
E não importa se a semana toda foi movimentada e cheia de acontecimentos interessantes e satisfatórios(que foi), o domingo é o mesmo de sempre. Solitário, gordo, cruel, obscuro, rançoso, e lento. Eu poderia estar estudando, fazendo a prova que a professora passou para casa,fazendo outros trabalhos para a faculdade, pintando camisetas, assistindo os filmes que quero ver – Ratatouille, e Não por Acaso –, enfim, poderia estar fazendo uma série de coisas, mas estou aqui sentada suspirando alto e forte como uma idosa. A vida é boa, mas os domingos não.

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