No dia em que eu passei pela rua Harmonia

Sexta-feira véspera da véspera da eleição, calor e chuva indicam que mais um verão está chegando. Não sei se você percebe que o verão está chegando na escala temporal de um dia, mas se fosse assim, eu elegeria o dia de hoje. Não pelo clima de fato - porque fez frio pela manhã e de madrugada ventou e garoou -, mas pelo semblante leve das pessoas na rua e nos escritórios. Alguns com as sacolas de Natal já em mãos, felizes por já terem comprado o presente do filho, ou do neto, outros de mãos abanando, mas simplesmente contentes e sorridentes. Ou então eu que estou imprimindo neles o que eu penso. Óbvio que nem todos estão bem, mas como eu estou, acho que todos também estão.

natural high? maybe...

Ultimamente não é preciso muito para eu ficar feliz. Hoje bastou receber uma mensagem de celular da mamãe, que está longe, e comprou 18 canetas coloridas stabilo para mim e para a Cinthia , ouvir música da caixa de som do chefe no trabalho, e ler notícias amenas no jornal, do tipo: ursinho panda faz 34 anos hoje na China, e de presente recebe uma torta de bambu e nata, com cobertura rosa. Na foto, o ursinho se lambuzando de creme rosa.
Hoje, se você me perguntasse de novo Priscila, eu diria que tenho esperança no mundo. Não com a certeza de que vai pra frente, mas por acreditar nas pessoas, e admirá-las, por razão desconhecida. Por paixão mesmo. Mas entenda bem, são lapsos de otimismo que às vezes ocorrem. O estranho é ocorrer em véspera de eleição! By the way, acho bonito, inocente e tolo as pessoas me incentivarem a votar no Lula de novo.
Essa esperança é independente da eleição.