O essencial é invisível aos olhos
Ele é meigo, puro, e diz coisas como “As estrelas são todas iluminadas... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua?” Usa cachecol e tem os cabelos de ouro (les cheveux d’or). Todo dia me sento e conheço um pouco mais de sua linda história. E posso dizer que isso tem sido uma das coisas mais felizes dos últimos dias. Leio bem devagar, e insisto em ler em francês (na língua original fica bem mais bonito e interessante). Quando não entendo uma palavra, pego o livro em português, e vejo o que é aquela palavra. Dá um pouco de dor de cabeça no final, mas vale a pena.
Livro perfeito, genial. É para as crianças que o autor dedica o livro, pois ele não acredita mais nos adultos (les grands personnes). Mas no fim acho que os adultos que gostam mais, desse pequeno príncipe tão especial.
Sim, sei que não descobri a América, que o livro na verdade é um dos mais famosos do mundo, e me sinto um tanto atrasada de percebê-lo só com 22 anos. Mas quando o li ainda criança, ainda não entendia a beleza, a melancolia, escondidas nas entrelinhas. O Pequeno Príncipe era apenas aquele garotinho que morava num planetinha com vulcõezinhos e uma flor vermelha. E que pegava carona na cauda de um cometa, naquele desenho animado. Mas hoje, que sou uma “pessoa grande”, ele é um pequeno e amável mistério. E a Terra e os homens, são muito mais complexos.
E a figura do Saint-Exupéry é incrível também. Só de saber que ele escreveu esse livro no meio da Segunda Guerra Mundial, onde foi piloto, e um ano depois morreu numa missão, faz dele um homem especial.
Aqui, um capítulo do começo do livro, que me faz pensar nele toda vez que vejo um pôr-do-sol:
Chapitre VI
Ah! petit prince, j'ai compris, peu à peu, ainsi, ta petite vie mélancolique. Tu n'avais eu longtemps pour ta distraction que la douceur des couchers du soleil. J'ai appris ce détail nouveau, le quatrième jour au matin, quand tu m'as dit:
-J'aime bien les couchers de soleil. Allons voir un coucher de soleil…
-Mais il faut attendre…
-Attendre quoi?
-Attendre que le soleil se couche.
Tu as eu l'air très surpris d'abord, et puis tu as ri de toi-même. Et tu m'as dit:
-Je me crois toujours chez moi!
En effet. Quand il est midi aux Etats-Unis, le soleil, tout le monde sait, se couche sur la France. Il suffirait de pouvoir aller en France en une minute pour assister au coucher de soleil. Malheureusement la France est bien trop éloignée. Mais, sur ta si petite planète, il te suffirait de tirer ta chaise de quelques pas. Et tu regardais le crépuscule chaque fois que tu le désirais…
-Un jour, j'ai vu le soleil se coucher quarrante-trois fois!
Et un peu plus tard tu ajoutais:
-Tu sais… quand on est tellement triste on aime les couchers de soleil…
-Le jour des quarante-trois fois tu étais donc tellement triste? Mais le petit prince ne répontit pas.
Ah! petit prince, j'ai compris, peu à peu, ainsi, ta petite vie mélancolique. Tu n'avais eu longtemps pour ta distraction que la douceur des couchers du soleil. J'ai appris ce détail nouveau, le quatrième jour au matin, quand tu m'as dit:
-J'aime bien les couchers de soleil. Allons voir un coucher de soleil…
-Mais il faut attendre…
-Attendre quoi?
-Attendre que le soleil se couche.
Tu as eu l'air très surpris d'abord, et puis tu as ri de toi-même. Et tu m'as dit:
-Je me crois toujours chez moi!
En effet. Quand il est midi aux Etats-Unis, le soleil, tout le monde sait, se couche sur la France. Il suffirait de pouvoir aller en France en une minute pour assister au coucher de soleil. Malheureusement la France est bien trop éloignée. Mais, sur ta si petite planète, il te suffirait de tirer ta chaise de quelques pas. Et tu regardais le crépuscule chaque fois que tu le désirais…
-Un jour, j'ai vu le soleil se coucher quarrante-trois fois!
Et un peu plus tard tu ajoutais:
-Tu sais… quand on est tellement triste on aime les couchers de soleil…
-Le jour des quarante-trois fois tu étais donc tellement triste? Mais le petit prince ne répontit pas.
Capítulo VI
Assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, meu pequeno principezinho, a tua vidinha melancólica. Muito tempo não tiveste outra distração que a doçura do pôr-do-sol. Aprendi esse novo detalhe quando me disseste, na manhã do quarto dia:
- Gosto muito de pôr-do-sol. Vamos ver um...
- Mas é preciso esperar...
- Esperar o quê?
- Que o sol se ponha.
Tu fizeste um ar de surpresa, e, logo depois, riste de ti mesmo. Disseste-me:
- Eu imagino sempre estar em casa!
De fato. Quando é meio dia nos Estados Unidos, o sol, todo mundo sabe, está se deitando na França. Bastaria ir à França num minuto para assistir ao pôr-do-sol. Infelizmente, a França é longe demais. Mas no teu pequeno planeta, bastava apenas recuar um pouco a cadeira. E contemplavas o crepúsculo todas as vezes que desejavas...
- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!
E um pouco mais tarde acrescentaste:
- Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol...
- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?
Mas o principezinho não respondeu.
1 Comments:
chega logoooo.
fiz um blog.
deve estar no link.
www.9canciones.blogspot.com
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