27 de dezembro de 2006

Novo

Há um blog novo/velho no pedaço. Velho pois já existia com outro endereço, e novo porque voltou à ativa, e pelo último post parece que voltou com tudo. Imperdível: www.terceirocaderno.blogspot.com

26 de dezembro de 2006

Loucos e Santos

Recebi de um amigo este texto. O. Wilde é foda! E Feliz Ano Novo para todos!

Loucos e Santos - Oscar Wilde
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim Louco e Santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Por isso, só sendo louco.
Quero os santos para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também tua maior alegria.
Amigo que não sorrir junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios daqueles que fazem da realidade tua fonte de
aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e
velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou...
Pois vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão estéril.

Mercado

O Google comprou o Blogger. O que mais a Google vai comprar???

13 de dezembro de 2006

Vida de vantagens

Assisti Lucía y el sexo, muito bom, mas não vejo uma vida de vantagens, nem um buraco no meio do caminho onde você pode cair e voltar ao começo de tudo, nadando por águas azuis e límpidas, e mudar o rumo dos acontecimentos. Na vida não existe buraco, e muito menos vantagens. Apenas um ritmo selvagem como o do filme.
Na minha vida tudo anda também num ritmo muito selvagem, como o ritmo do filme. Na rapidez com que me tiram as coisas, com que o meu dinheiro acaba, e com que uma pizza-com-que-sempre-sonhei se digere no meu estômago. As férias da faculdade não ajudam a me desestressar, pelo contrário, sinto uma péssima sensação de que ainda vou me estressar muito até o fim da graduação.
...
Fui ver a Bienal ontem. Overall uma droga, mas tinha uma tal cabine norueguesa “Venturo”, de Matti Suuronen bem louca, e uma Narda Alvarado, da Bolívia, e um Simon Evans, de San Francisco, que disparado foram meus favoritos. Quem na vida já pensou em fazer arte com pedaços de durex 3MM opaco colados, papeizinhos, canetas, e cascas de lápis? Bem pós-moderno.

"Venturo"

6 de dezembro de 2006

DEATH CAB FOR CUTIE

A Lack Of Color
And when i see you I really see you upside down
But my brain knows better It picks you up and turns you around Turns you around, turns you around
If you feel discouraged That there's a lack of color here Please don't worry lover It's really bursting at the seams Absorbing everything The spectrum's a to z
This is fact not fiction For the first time in years And all the girls in every girlie magazine Can't make me feel any less alone I'm reaching for the phone
To call at 7:03 and on your machine I slur a plea for you to come home But i know it's too late I should have given you a reason to stay Given you a reason to stay

4 de dezembro de 2006

The impression that I get

Eu nunca recebi tantas más notícias em tão pouco tempo. De todos os tipos que você pode imaginar. Mas principalmente de mortes. Porque pessoas morrem todos os dias, mas pela primeira vez eu tive tantas notícias de mortes em tão pouco tempo. Coisa de alguns dias. Ninguém diretamente relacionado a mim, mas a alguns amigos de quem gosto muito. Mas o importante é que a vida segue assim, sem alguns.
Por vezes quando recebia uma notícia de morte, de um conhecido-não-muito-próximo, não ficava triste. Muito pelo contrário. A notícia de morte, de alguém que você tinha algum conhecimento, traz uma sensação de plenitude, para mim. De que a vida tem começo, meio e fim, algo tão banal, mas que se faz claro com a morte de alguém. É tudo muito contraditório, mas com a morte, sinto que a vida é real, é intensa, e está aqui. Tudo adquire um toque mais emocionante, dramático, e os problemas cotidianos passam a não importar, começo a enxergar além da superficialidade. Como se de repente me desperta uma vontade maior de viver, a cada dia, Carpe Diem, etc e tal.
Porém, com as notícias da última semana, não fiquei com essa sensação positiva, ficou uma coisa
esquisita e dolorida no ar que eu respiro. Todas as sensações ruins se mesclam: pena, dó, desânimo, tristeza, empatia, medo.

A única boa notícia é que na sexta-feira dia 8 acabam as minhas aulas. Mas isso é mesmo uma bobeirinha perto de problemas realmente sérios.