25 de junho de 2006

depois de falar tanto dela, sinto que devo postá-la também

Carta ao Tom
Vinicius de Moraes

Rua Nascimento Silva, cento e sete
Você ensinando prá Elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor

Relíquia - A peculiar história de um disco…

Pode me chamar de brega, ou de eclética, mas vou te revelar uma coisa. O CD com maior poder de renovação, que vai e volta de nosso som (com apoio da minha irmã!), que se perde, depois se acha, que curtimos então mais uma vez, sem enjoar é: Anos Rebeldes – Trilha Sonora. Esse mesmo com a Malu Mader na capa! Hahahahahah...




















Comprei ele com... não sei... uns 12 anos? Quando um dia assisti à TV tarde da noite e tocava uma música legal num seriado interessante. A música era Can’t Take My Eyes Off Of You. É brega, mas é uma música de amor das mais bonitas… E eu ouvia a mesma música todas as tardes quase a furar o disco. Enfim, sobre a capacidade de renovação, ao longo dos anos enjoei de umas e comecei a amar outras. Ia descobrindo músicas legais em que cada uma teve sua época de favorita. Baby (Gal Costa, apesar de não gostar de sua voz), Call Me (Chris Montez), Alegria, Alegria (Caetano), Soy Loco por Ti América (Caetano), The House of the Rising Sun (?), Monday, Monday (The Mamas & The Papas), Going Out of My Head Over You (Sérgio Mendes), There’s a Kind of Hush (Herman’s Hermits), e por último a linda Carta ao Tom (Toquinho & Vinícius), romântica, melancólica, nostálgica de uma época em que não vivi, mas que às vezes gostaria de ter vivido. Cada uma para um nível de maturidade, cada uma para um momento importante, ou não, mas que se tornaram importantes por si só. Agora comecei a prestar atenção em Discussão. Prefiro as românticas, as nostálgicas, mas na fase que estou, talvez esta seja a mais apropriada. Fases da vida...
Olha aí priscila, uma música de amor que eu gosto, rs.

Discussão
Tom Jobim / Newton Mendonça

Se você pretende sustentar opinião
E discutir por discutir
Só prá ganhar a discussão
Eu lhe asseguro, pode crer
Que quando fala o coração
Às vezes é melhor perder
Do que ganhar, você vai ver
Já percebi a confusão
Você quer ver prevalecer
A opinião sobre a razão
Não pode ser, não pode ser
Prá que trocar o sim por não
Se o resultado é solidão
Em vez de amor, uma saudade
Vai dizer quem tem razão

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22 de junho de 2006

breakdown diaries

Eu não tô com vontade de trabalhar. Mais uma vez jogo do Brasil: rojões estalando, cornetas berrando e o nervosismo chegando. E um novo barulho pra sinfonia, o caminhão do morango e da melancia. Quando que eu ia imaginar que no centro velho da cidade também passam os caminhões com auto-falantes? Na verdade não é só isso, eu cansei do computador, meu maldito novo companheiro de todas as horas. Ojeriza à tela, meu olho reclama, com pontadas logo de manhã, como na vez da conjuntivite. Repúdio ao teclado, em especial às teclas Control, C e Z. E olha que eu não sou das mais desancanadas no mundo digital, hein? Eu gosto de computador pra lazer, música, blogs, flogs, informação, mas somente aquilo que eu procuro, por interesse próprio, e não as planilhas do Excel, e do Maptitude. E acho que não sou a minoria tenicizada pois em todos os 3 empregos da minha vida (no Brasil) eu tive que usar computador na maior parte do tempo e todo mundo aqui tem o seu próprio computador. Bem vindos a nova era digital, às inovações técnico-científicas.
Saudades e adeus, bics, régua, papel, borracha. It's Blade Runner times. hahaha.

13 de junho de 2006

Dia de festa !!!!!!!

As primeiras pessoas que vi hoje ao sair de casa estavam vestindo alguma coisa verde e amarela. No percurso a pé até o metrô, me deparei com imensas bandeiras balançando ao vento, uma a cada 50 metros. É o famoso patriotismo que aparece de 4 em 4 anos no nosso país. Nosso único jeito de se orgulhar desse país, coletivamente. E não posso negar que não sinto uma emoção inexplicável ao ver esses pedacinhos verdes e amarelos em todos lugares que passo. Nos carros, crianças segurando pra fora suas bandeirinhas, eu me emociono mesmo. Só de imaginar como esse país seria se esse sentimento pudesse ser visto em todos os anos, não só nos dois meses de Copa.
A Copa do Mundo é nossa, rs. Que eu imagino que em nenhum outro país do mundo haja pessoas mais verdadeiramente felizes que no nosso, nessa época. É motivo para as pessoas irem mais felizes ao trabalho, à escola. É motivo das conversas mais acaloradas, de um sorriso sutil nos rostos estranhos. Enquanto isso os Hooligans destroem hotéis, mijam em estádios, e difamam mulheres na rua. E os EUA (pfff) nem sabem o que acontece no resto do mundo.
Enfim, hoje é dia de festa. Porque eu me encaixo naquele grupo de pessoas que só nas copas se interessam pelo futebol (não dou a mínima para Corinthians ou Palmeiras ou São Paulo), que viram fanáticas, e de repente querem entender as regras do campeonato e do próprio futebol. O sangue sobe, e eu grito. Já ouço as cornetas pela janela, aqui, pleno centro da cidade.

8 de junho de 2006

vraiment stupide c'est moi

Viva! Français Niveau 2 e eu já consigo traduzir Cher Antoine inteirinha.
Control C + Control V (a essência da existência do mundo hoje) e aí está:

“Cher Antoine,
Je suis vraiment desolé mais je ne peux pas partir avec toi.Du 20 au 24 je dois travailler, j'ai 4 jour de congé.Je vais à la campagne. Je voyage en train pour les montagnes, c'est un drôle de chemin!Je vais à la plage avec des amis. Je vais faire du sport, je vais faire du ski!”- Feito pra mim, bom pra você. Deixa mudar e confundir! - Deixa de lado o que se diz. Tem no mercado, é só pedir!... - Me faz chorar... e é feito pra rir.

Tenho vontade de perguntar pro Amarante se ele estava no nível 2 também quando compôs essa música. Hahahaha... tempos verbais,vocabulário, tudo visto em aula. Não desmerecendo o talento dele de compor letras, verdadeiras poesias cantadas, que vem se soprando no meu mundo particular há semanas.

7 de junho de 2006

666

Damien, e a extrema coincidência do 666, hahaha... Leiam isso aqui. Esse menino vai ser ou muito sortudo, ou muito cagado.

Entalado aqui

Ultimamente eu não tenho nada de novo pra postar. Montanha russa, altos e baixos [baixo], fases da lua [minguante], e agora minha empolgação se apagou. Mas assim vamos levando, até estar de novo no topo da montanha. Mais clichê que isso impossível. Mas esse blog tinha que conhecer um post mal escrito, espontaneamente inútil. O passado passou mas às vezes me cativa, e volta a fazer parte do presente, como um personagem fantasma, uma coisa transparente que vem e lhe cruza algumas vezes ao dia. Gostaria de ignorar e seguir em frente, no presente, mas não é bom ignorar o passado. Superar seria melhor. Não consigo tirar conclusões sobre isso. What – ever .
Como diria o poetinha, Now I cannot speak, I lost my voice.I'm speechless and redundant. 'Cause I love you's not enough. I'm lost for words.

PS: Mini texto escrito dia 2 de junho de 2006. Cenário: cochilei dentro do ônibus com uma caneta ainda na mão e este texto no meu caderno
Hoje desejei ser de outro signo, de um signo de terra talvez, para poder não enjoar tão rápido das coisas. Conservar uma idéia na cabeça, e não dercartá-la como um cigarro meio-fumado. Porque até mesmo a inconstância enjoa...