30 de setembro de 2006

Wake me up when september ends

Man oh man... O Green Day tocou com o U2 nesta semana em New Orleans. O dinheiro vai para o Music Rising, campanha fundada pelo guitarrista do U2, The Edge, que arrecada dinheiro para comprar instrumentos novos pros músicos de New Orleans. No You Tube. Arrepia.

Nos meus anos de fanatismo chiita pelo Green Day isso não ocorreria nem nos sonhos dos mais ousados. E ficou MUITO bom. Green Day cresceu e muito desde então. E pode até parecer às vezes que o grupo se vendeu, usando lápis no olho, cabeleira alisada com chapinha, que nem o do Lenny Kravitz, yuck, lenço de bolinhas, fazendo mais caras e bocas do que antes, e atraindo maior quantidade de fans adolescentes do que antes, e sendo tão popular que virou produto entre os mais vendidos nos camelôs do centro (a música que dá título ao post tocava todos os dias de manhã num depósito de doces quando eu chegava pra trabalhar na rua Direita). No fim eles só querem se divertir. Mas quando a banda aproveita o sucesso para participar de eventos como esse, aí vale a pena crescer tanto. Que bonitinhos, os meus garotos não se perderam na vida(quer dizer, o Tré é um perdido desde sempre, hahahaha). Essa coisa de fã, de se achar próximo dos seus ídolos, eu sinto pelo Green Day, apesar de não ser mais tão fanática, e não ter mais tempo de acompanhar de perto o que eles estão fazendo. E dá um orgulho besta. Pra mim eles nunca foram uma banda fútil, simplesmente pop-punk. Comecei a gostar deles com 14 anos. Sem exageros, eles influenciaram a formação da minha pessoa. Sempre gostei de ter ídolos-heróis. Eles foram os meus primeiros. Meninos drogadinhos do subúrbio da Bay Area, que ninguém dava nada, e agora são o que são. Vou lá ver o vídeo mais umas 3 vezes e que venha então o próximo CD.

28 de setembro de 2006

O trabalho ideal

O trabalho certo para trabalhadores tipo 1 (ou A) da nova sociedade. Um trabalho onde você pode sair a hora que você quiser, isto é, a hora em que você acha que não será mais produtiva naquele dia. Meu trabalho é tudo menos ideal. Uaaaaaaaaahhhhh

26 de setembro de 2006

Jack in the Box

Certas coisas mudam aos poucos, como por exemplo hoje eu estar mais confortável com minha vida, por uma questão de ponto de vista. Ou uma questão de mais seratonina no cérebro, por razão desconhecida, mas apreciada. E assim os sentidos se aguçam naturalmente, e eu consigo extrair mais do mesmo.
Mas eu me queixo de uma coisa. Há dias em que eu sinto imensa vontade de implorar por pequenas surpresas, ou grandes surpresas, desde que que sejam boas, claro. Não há nada na vida como uma boa surpresa, uma notícia, um encontro inesperado, enfim, não consigo definir surpresa. Mas é algo próximo aos pelos do coelho na cartola. Acabei de ver no dicionário. Entre outras definições chatinhas, há uma assim: prazer inesperado.

-Um kinder ovo
-Um bilhetinho ou carta de uma amiga
-Saber por terceiros que uma pessoa de quem você gosta perguntou por você.
-Ganhar na loteria
-Acordar e sentir cheiro de chuva, ou de bolo de chocolate assando.
-Uma chuva que cai no fim da tarde, e para, levando embora o cobertor cinzento, trazendo um ar puro típico das manhãs.
-Andar pela cidade e perceber sua pulsação acelerada

Talvez eu esteja ficando velha, e chata, e não me surpreenda mais tanto quanto desejaria. Afinal, a primeira vez se exigue na... primeira vez! Depois sempre será uma repetição, um ato já visto, experimentado, vivido, etc... Mas não é possível uma pessoa ficar velha com 22 anos. O mundo é grande. Mas certas coisas eu já sei. Por exemplo, sei que posso almoçar a mesma coisa aqui e do outro lado do mundo. Inclusive a mesma comida (arroz com salsicha), na mesma marmita. Porém a salsicha de lá é ardida e explode na boca quando morde. Ewwwwww. Detalhe, aquela salsicha japonesa é de se comer uma única vez, e não é o tipo de surpresa que estou falando.

22 de setembro de 2006

Antônio Prata e bicicleta

Eba! Descobri que existe um blog do Antônio Prata . E que posso voltar a ler as crônicas engraçadíssimas e únicas dele, sem encostar mais minhas mãos numa Capricho. Não que Capricho seja muito ruim, mas convenhamos, já passou a fase, e a cada mês ela fica mais babaca e superficial. Mas mesmo os assuntos que ele escreve para aquelas meninas já não são mais tão engraçados pra mim. Mas enfim, se der, dá uma olhada no blog lá. Ótimo antídoto pro mau-humor, leve, suave, fofinho, e hilário. Uma mini-surpresa para meu dia sem suspresas (vou retomar este assunto em outro post). E li a crônica Bicicletai, sobre o "Movimento sem Carro" de hoje, uma proposta para trocar por um dia o carro pela bicicleta. Aqui na Luz não vi muita coisa rolando, e no fim da tarde teve perseguição policial com helicópteros. Mas pelo que li por aí, no resto da cidade foi uma experiência interessante e otimista. Dá saudade da bicicleta emprestada da Sony. Mas aqui em São Paulo ainda não tive coragem de sair pedalando. Tenho pavor, risco de vida. Mas quem sabe um dia, quando os motoristas tiverem mais consciência, e as bicicletas tiverem mais espaço.

18 de setembro de 2006

Confissões de uma pós (pós, pós...) adolescente

Um dos objetivos que eu me coloquei nesse semestre foi tentar levar a vida menos a sério. Isto inclui principalmente não se importar com problemas pequenos, aquelas coisas bobas que me irritam 24hrs/dia, mas que no final, foram perda de tempo, perda de um tempo que poderia ter sido despendido em algo melhor. Ao invés de aborrecimento, preocupação com tudo, tento enxergar além, fazer mais piadas, ou algo do tipo. E ainda por cima eu dou o ar de ser uma pessoa relaxada. Sei disso, pois todos o dizem.
Eu tento, consigo melhorar, mas às vezes vai tudo por água abaixo. Como no domingo de manhã, tudo estava belo, calmo, e doce no novo apartamento do meu namorado, e eu consegui me irritar com ovos fritos que grudaram inteiros na frigideira e uma manga linda por fora e podre por dentro. Pois até a comida eu levo a sério. Depois, a energia negativa veio à tona, e derrubou meu pão com queijo e presunto no chão. E na sala de jantar, o Ricardo estava arrumando a mesa, quando um quadro – levianamente pendurado no lustre por um colega de república – quase caiu na cabeça do pobre coitado.
E no final de semana passado, eu realmente consegui viver alguns dias perfeitos, no meio da natureza. Aquele ambiente de ar puro, águas limpas e florestas verdes que eu desejo de vez em quando. Fiz trilhas, subi morros, entrei em cavernas, e colhi moranguinhos silvestres – idênticos aos de faz-de-conta, que eu e minha irmã brincávamos de colher nas paredes do ofurô da minha vó. Docinhos, vermelhinhos, fofinhos. Porém, ao invés de voltar pra cidade tranqüila e cantando com os passarinhos, senti uma fisgada profunda na boca do estômago, e ao pisar em casa ganhei uma bela gastrite. Doença hiper desagradável, que se você não teve, sorte sua!

1 de setembro de 2006

Sexta-feira


o dia da semana do bocejo mais comprido.


"The Yawn" (happy pix)